No início do segundo semestre do ano passado durante um simpósio em Harvard o bacharel que atuava como juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba, com a finalidade de ilustrar sua fundamentação subjetiva para condenar o presidente Lula ("nos esquemas de corrupção sistêmica, não necessariamente você vai encontrar uma troca especifica, 'isso por aquilo'. “ Sic.), narra uma historinha:
"Na primeira cena de O Poderoso Chefão, “Don Corleone” recebe um homem, “Bonasera”, que pede ajuda do poderoso chefão porque sua filha apanhou do namorado e de um amigo. “Bonasera” foi lá pedir ajuda do poderoso chefão para que ele mandasse homens para bater nos dois".
"Depois de algum drama, o poderoso chefão concorda em ajudar, sem matar os homens, como “Bonasera” queria, mas mandando pessoas baterem neles. “Bonasera” pergunta no fim da cena o que “Don Corleone” quer em troca, e o Poderoso Chefão dá uma resposta bem interessante. Ele disse: 'Não quero nada agora, mas um dia, talvez um dia, eu vá te pedir algo e então precisarei que você retorne o favor".
"Bacaninha" não é?
Prosseguindo no campo da metáfora cinematográfica eu como jornalista liguei alguns pontos associados a esta narrativa, como nomólogo analisei os dispositivos empregados e como escritor construí (com provas) uma versão análoga:
Na primeira cena da corrida eleitoral brasileira em 2016 um dos candidatos Jair Messias "Bonasera" procura o Poderoso Chefão da Lava-Jato Sérgio Fernando “Corleone” rogando para que ele eliminasse o outro candidato o presidente Lula que diante da sua popularidade o "espancaria" nas urnas caso concorresse a presidência.
Depois de engendrar a trama o magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba acionou seus capangas lotados na “Força PaTeTa” comandadas por “Clemenza” Dallagnol para que promovessem a denúncia contra o presidente Lula utilizando todos os “meios” possíveis, que ele a receberia.
Diante da falta de provas e após consultar os “consiglieres” do TRF da 4ª Região, que garantiram suporte as suas ações inclusive as ratificando, Sérgio Fernando “Corleone” decidiu condenar o presidente Lula por “ato de ofício indeterminado”, expediente que já tinha vingado no STF quando ele era assessor da “sinistra” Weber e prática com a qual ele próprio tinha muita intimidade.
Ficando inclusive de prontidão contra qualquer ação que tentasse libertar o presidente Lula, porém mesmo atuando nas férias as coisas não estavam correndo como o previamente planejado, apesar de Jair Messias “Bonasera” ter até fabricado um atentado para causar comoção no eleitorado, o presidente Lula mesmo encarcerado e ilegalmente impedido de concorrer tinha emplacado seu candidato.
Em desespero Jair Messias ”Bonasera” sem ter mais a quem recorrer, pois a mídia tradicional, o TSE, o STF e o STJ já tinham gastos todos os “cartuchos” disponíveis para atingir o presidente Lula, novamente pede a “ajuda” de Sérgio Fernando “Corleone” que prontamente o atende divulgando na semana da eleição parte da “fictícia” delação de “Palocci” (que fora recusada inclusive pela própria "Força PaTeTa" de "Clemenza" Dallagnol), destacando justamente o trecho que citava o presidente Lula, porém impondo uma condição sem naquele momento propor "uma troca especifica, apontando um 'isso por aquilo'. “Sic: .
“Não quero nada agora, mas um dia, talvez um dia, eu vá te pedir algo e então precisarei que você retorne esse favor".
Vitorioso e empossado Jair Messias ”Bonasera”, Sérgio Fernando “Corleone”, que havia utilizado potencialmente todos “atos de ofício” disponíveis para atingir o objetivo ilícito solicitado dirigiu-se ao novo mandatário "especificou a troca" e cobrou de volta o "favor prestado".
Entenderam a parábola ou é preciso desenhar?
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