domingo, 30 de dezembro de 2018

Documentário no YouTube levanta dúvidas e suspeitas sobre a "facada" em Bolsonaro

O vídeo, que em uma semana já atingiu mais de 100 mil visualizações, contém uma análise minuciosa das circunstâncias e imagens do "atentado" contra o presidente eleito ocorrido em setembro e traz à tona perguntas e suspeitas que nenhuma autoridade se empenhou em resolver; assista
Por Rede Brasil Atual  
O documentário A Facada no Mito, postado há uma semana no canal True Or Not, no YouTube, está se espalhando por meio das redes sociais. O trabalho, que não identifica seus autores, praticamente não traz imagens inéditas do episódio que vem sendo tratado como “atentado” contra o então candidato Jair Bolsonaro, em 6 de setembro. Mas traz apontamentos minuciosamente elaborados em torno das cenas que antecederam à suposta facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira.

Mostra o comportamento da equipe de segurança, levanta questões relacionadas à “logística” em torno do autor, relembra dúvidas em torno do atendimento e contradições em torno das reações de pessoas próximas a Bolsnoaro. Adélio agiu sozinho mesmo para organizar e executar o atentado? Por que tinha tantos celulares e laptop se usava lan house? São coincidências as mortes de pessoas ligadas a sua hospedagem? E o fato de o escritório de advocacia que o defende atender também envolvidos em confronto entre policiais de Minas e de São Paulo? São listadas, enfim, muitas perguntas sem respostas, como qual teria sido o desempenho de Bolsonaro se não tivesse ocorrido o suposto crime.
“Não somos direita ou esquerda. Não estamos acima e nem abaixo. Somos nós, somos vocês, somos eles, somos todos… …e merecemos respostas”, dizem os responsáveis pelo canal, que abrem o documentário explicando não se tratar de uma “acusação”, mas de levantamento de pontos de vista que permitam “uma narrativa diferente da divulgada”.
Os responsáveis observam que até o momento a Polícia Federal apresentou uma conclusão que “deixa de fora muitas questões”. “Questões que queremos dividir com o público para que possamos exigir as devidas respostas.”
Para eles, o assunto não pode ser tratado como crime comum. “Trata-se de um crime de segurança nacional contra um candidato eleito presidente. Além de, como veremos, pode tratar-se de um crime de falsidade ideológica que poderia levar à cassação do mandato presidencial.”

Assista ao filme A Facada no Mito (57 minutos)


Da RevistaForum
 Adelio e o segurança conversando momentos Antes "agora não dá"
 Um novo video

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Vendida como novidade por Bolsonaro, dessalinização da água já é usada em nove estados no Brasil

Dessalinização no Ceará
Dessalinização no Ceará
Bolsonaro anunciou nesta terça, dia 25, que fará parcerias com Israel para beneficiar o Nordeste com projetos de dessalinização de água.
Em seu perfil no Twitter, o sujeito afirmou que o futuro ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, aquele que vendia “travesseiros da Nasa”, visitará em janeiro plantações e o escritório de patentes no país do amigo Netanyahu.
Segundo a marquetolagem, em janeiro será implantada na região uma instalação piloto.
As empresas israelenses vão faturar bonito.
Essa técnica, que Bolsonaro quer fazer crer que é inédita e de outro mundo, é conhecida no país.
O repórter Alessandro Torres foi experimentar a água tratada no sertão do Ceará.
Cercada pelo mar, Fernando de Noronha ainda depende da chuva para o abastecimento. Ao todo, 40% da água consumida na ilha vêm de açude e de poços. Por isso, chegou a enfrentar um racionamento no começo do ano.
Isso não aconteceria se todo o abastecimento viesse do sistema de dessalinização, que tira o sal da água do mar, e é responsável por 60% do que chega às torneiras.
O mesmo processo é usado em comunidades no sertão do Ceará, onde a água do subsolo é salobra. Neste caso, a água dos poços é bombeada para o dessalinizador, que usa membranas para reter o sal.
Antes do dessalinizador, Dona Maria precisava comprar água que consumia. “A gente descobriu um santo para cobrir outro”, diz. 
A cada hora de funcionamento a máquina elimina o sal em até mil litros de água. A medida em que isso acontece ela vai sendo depositada em uma caixa e, depois, já está prontinha para o consumo. Água limpa como uma água mineral mesmo.
Mas, as membranas que separam o sal da água exigem manutenção constante. Hoje, o custo da dessalinização é cinco vezes maior que o da produção de água tratada, que é de R$ 0,33 a cada mil litros.
Quase 300 famílias de Maranguape estão há seis meses à espera do conserto do dessalinizador. (…)


Vendida como novidade por Bolsonaro, dessalinização da água já é usada em nove estados no Brasil
DO DCM

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

PF encontra drogas com colaborador da transição de Bolsonaro suspeito de fraude fiscal equivalente a 300 triplex

Thiago Taborda Simões é alvo de investigação em um esquema de fraude, sonegação e lavagem de dinheiro que pode ter dado prejuízo de R$ 500 milhões ao Fisco
O integrante informal da equipe de transição de Jair Bolsonaro (PSL), o advogado Thiago Taborda Simões, é alvo de investigação da Polícia Federal (PF) em um esquema de fraude, sonegação e lavagem de dinheiro que pode ter dado prejuízo de R$ 500 milhões ao Fisco.
Thiago Taborda Simões PF encontra drogas com colaborador da transição de Bolsonaro suspeito de fraude fiscal
Em busca ao seu apartamento, na manhã de 27 de novembro, os investigadores apreenderam documentos, encontraram uma caixa com maconha e cocaína e um crachá de acesso ao local de trabalho da equipe de transição do governo do presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
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De acordo com a investigação da PF, as empresas simulavam a venda de produtos e serviços e, ao receber os pagamentos e emitir notas fiscais sobre as transações fictícias, distribuíam os valores para contas no Brasil ou no exterior, ou realizavam a entrega de dinheiro em espécie aos envolvidos no grupo.
“Há indícios de que esses pagamentos eram realizados para diminuir valores devidos em impostos, lavar dinheiro e pagar propinas a agentes públicos”, diz a polícia.
Simões virou alvo porque, segundo a investigação, indicou a um cliente com problemas com a Receita um advogado envolvido no esquema. Teria recebido uma comissão por isso.
Simões não é formalmente da equipe de transição, mas participou de reuniões com o grupo comandado pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O Globo localiza casa de motorista de Flávio Bolsonaro: não parece ser de quem movimenta R$ 1,2 milhão em um ano


O Globo localiza casa de motorista de Flávio Bolsonaro: não parece ser de quem movimenta R$ 1,2 milhão em um anoOs repórteres Juliana Castro e Igor Mello, de O Globo, localizaram a casa onde vive o ex-motorista do então deputado e agora senador eleito Flávio Bolsonaro.
Fica na Taquara, zona Oeste do Rio de Janeiro, e parece bem simples.
O Conselho de Controle das Atividades Financeiras, COAF, ao investigar assessores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para a Operação Furna da Onça, disse em relatório (ver abaixo) que Fabrício Queiroz apresentou movimentações “atípicas” em sua conta bancária.
“Na viela onde Queiroz mora com a mulher, Márcia Aguiar, os imóveis são colados uns aos outros. No beco há varais improvisados do lado de fora das casas, fios emaranhados e canos aparentes. Na casa de Queiroz, um adesivo rasgado com as fotos do presidente eleito Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos, vereador no Rio, está colado na fachada. No segundo andar, que tem a laje sem revestimento, tapetes secavam no parapeito ainda sem janela”, escreveram os repórteres.
Segundo o relatório do COAF, Queiroz recebeu depósitos de outros oito funcionários e ex-funcionários de Flávio Bolsonaro.
A mulher e duas filhas dele trabalharam para a família Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio e no Congresso Nacional.
Queiroz e a filha Nathalia Melo de Queiroz, que trabalhava com Jair Bolsonaro em Brasília, deixaram seus cargos no mesmo dia, depois que foi deflagrada a Operação Furna da Onça.
Chamou a atenção do COAF uma sequencia de saques em dinheiro feitas por Queiroz entre 23 de janeiro e 15 de março de 2017: R$ 49 mil, em 9 saques de R$ 5 mil e um de R$ 4 mil.
Foram dois saques por dia, o que indica que Queiroz poderia ter tido a intenção de fracionar as retiradas, com o objetivo de não chamar a atenção das autoridades.
O Ministério Público não informou a O Globo se Queiroz está sob investigação, mas funcionários de Flávio Bolsonaro estão juntando documentos para esclarecer o caso, segundo o chefe de gabinete informou ao diário conservador carioca.
Apoiadores de Bolsonaro dizem que Queiroz terá de explicar a origem de R$ 600 mil, já que o R$ 1,2 milhão citado no relatório refere-se a débitos e créditos na conta.
Como servidor da Alerj, Queiroz ganhava R$ 23 mil mensais.
No relatório do COAF, um dos fatos mais notáveis é que Nathalia, a irmã Evelyn e a mãe Márcia, esposa do motorista, enquanto funcionárias da família Bolsonaro, transferiram mais de R$ 95 mil reais para a conta do pai — o que não faz sentido, a não ser que ele funcionasse como um caixa da família Bolsonaro.
Fabrício Queiroz, o motorista, depositou R$ 40 mil na conta da futura primeira dama, Michelle Bolsonaro. O presidente eleito diz que foi pagamento de um empréstimo e que recebeu o dinheiro na conta da esposa por não ter tempo de ir ao banco.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Futuro ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro é réu em ação ambiental

O futuro ministro do Meio Ambiente do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Ricardo de Aquino Salles, é réu de ação civil pública ambiental e de improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público em São Paulo.
Futuro ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro é réu em ação ambiental
A ação da qual Salles é réu diz respeito à manipulação de um plano de manejo de uma Área de Proteção Ambiental (APA) para favorecer empresários quando era secretário estadual do Meio Ambiente no governo do tucano Geraldo Alckmin (PSDB).
São réus na mesma ação, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e outros dois funcionários públicos do Estado de São Paulo.
Segundo o MP-SP, “os citados agentes públicos agiram à sorrelfa [às escondidas] e com a clara intenção de beneficiar setores econômicos, notadamente a mineração, e algumas empresas ligadas à Fiesp. Foram incluídas ‘demandas’ da Fiesp que já haviam sido rejeitadas no momento oportuno”, escrevem os promotores de Justiça.
Os promotores acrescentam: “funcionários foram pressionados a elaborar mapas que não correspondiam à discussão promovida pelo órgão competente. Posteriormente, alguns funcionários foram perseguidos”.
Com informações do Uol via Blog do Esmael

COAF ENCONTRA CHEQUE EM FAVOR DA MULHER DE BOLSONARO EM CONTA SUSPEITA!

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Bolsonaro e sua Sugar Babby Michely rindo que enganaram o povo COAF ENCONTRA CHEQUE EM FAVOR DA MULHER DE BOLSONARO EM CONTA SUSPEITA!
Jair Bolsonaro e sua Sugar Babby Michely rindo do povo
 O documento foi anexado pelo Ministério Público Federal à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, realizada no mês passado e que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Mas uma das transações que chamou a atenção do nosso Blog dar conta de uma transação na conta de Queiroz, segundo o relatório do Coaf, um cheque de R$ 24 mil foi destinado à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. A compensação do cheque em favor da mulher do presidente eleito Jair Bolsonaro aparece na lista sobre valores pagos pelo PM.

“Dentre eles constam como favorecidos a ex-secretária parlamentar e atual esposa de pessoa com foro por prerrogativa de função – Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil”, diz o documento do Coaf.


Flavio Bolsonaro desmascarado
O Coaf informou que foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco porque elas são “incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira” do ex-assessor parlamentar.


O relatório também cita que foram encontradas na conta transações envolvendo dinheiro em espécie, embora Queiroz exercesse uma atividade cuja “característica é a utilização de outros instrumentos de transferência de recurso”.


O nome de Queiroz consta da folha de pagamento da Alerj de setembro com salário de R$ 8.517. Ele era lotado com cargo em comissão de Assessor Parlamentar III, símbolo CCDAL- 3, no gabinete de Flávio Bolsonaro. Conforme o relatório do Coaf, ele ainda acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar.

Ao longo de um ano, o órgão também encontrou cerca de R$ 320 mil em saque na conta mantida pelo motorista do filho de Bolsonaro. Desse total, R$ 159 mil foi sacado numa agência bancária no prédio da Alerj, no centro do Rio. Também chamou a atenção dos investigadores as transações realizadas entre Queiroz e outros funcionários da Assembleia. O documento lista todas as movimentações e seus destinatários ou remetentes.

Os técnicos do órgão também receberam informações sobre transações consideradas pelo órgão como suspeitas após janeiro de 2017. Segundo o Coaf, entre fevereiro e abril do ano passado, o banco comunicou sobre 10 transações “fracionadas” no valor total de R$ 49 mil que poderia configurar uma “possível tentativa de burla aos controles”.

“A conta teria apresentado aparente fracionamento nos saques em espécie, cujos valores estão diluídos abaixo do limite diário. Foi considerado fator essencial para a comunicação pela possibilidade de ocultação de origem/destino dos portadores”, afirma o relatório do Coaf.

Clique Aqui e leia a matéria do Estadão


FOnte Noticiario Politico nacional via Estadão. 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Coaf rastreia movimentação “atípica” de R$ 1,2 milhão por ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Reportagem publicada nesta quinta-feira (6) no jornal Estadão revela que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) rastreou a movimentação bancária de R$ 1,2 milhão por Flávio José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
Segundo a reportagem do jornalista Fábio Serapião, o órgão foi acionado pelo banco, que considerou a transação atípica. Relatório do Coaf cita que os valores são incompatíveis com o patrimônio, atividade econômica ou ocupação profissional e capacidade financeira do ex-assessor parlamentar.
Fabrício é policial militar, motorista e era segurança do deputado. Ele foi exonerado em 15 de novembro deste ano.
Flávio Bolsonaro é o filho mais velho de Jair Bolsonaro
O valor foi movimentado de janeiro de 2016 a janeiro de 2017, e parte em espécie. Os dados foram incluídos em investigação do Ministério Público Federal que culminou na operação Furna da Onça, deflagrada no mês passado. A ação prendeu dez deputados estaduais do Rio de Janeiro. Os políticos são suspeitos de envolvimento no chamado “mensalinho” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Flávio Bolsonaro e Fabrício não foram alvo da operação. Porém, o ex-assessor de Bolsonaro é citado em levantamento feito pelo Coaf a pedido do MPF de movimentações financeiras suspeitas envolvendo funcionários e ex-servidores da Alerj.
Segundo o relatório do Coaf, de R$ 1,2 milhão; R$ 320 foram saques, sendo que R$ 159 sacados em agência no próprio prédio doo legislativo estadual.
Ao Estadão, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro disse não saber nada sobre o assunto. O deputado estadual confirmou que Fabrício foi seu motorista e segurança por mais de dez anos e que não tem nenhuma “informação de qualquer fato que desabone” a conduta do ex-funcionário. Flávio disse ainda que o ex-assessor foi exonerado para tratar de sua passagem para a “inatividade”.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Marcelo Freixo: A verdade é que a família Bolsonaro apoiou Cabral, Pezão e Picciani; veja vídeo com voto de Flávio Bolsonaro em deputado que hoje está preso

Marcelo Freixo: A verdade é que a família Bolsonaro apoiou Cabral, Pezão e Picciani; veja vídeo com voto de Flávio Bolsonaro em deputado que hoje está preso
Freixo, Pezão e Bolsonaro from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.

Rezando a Deus que lhe dê muita sabedoria, presidente, em mais esse biênio aqui, uma pessoa com o seu perfil importante, sim, para essa Casa, pelo momento difícil que nós passamos, principalmente por ser uma pessoa que respeita as diferenças e as opiniões diversas, diferente de muitos. Meu voto é sim. Flávio Bolsonaro, votando para que Jorge Picciani fosse, de novo, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Muitas pessoas estão comentando sobre o tweet falso atribuído ao Bolsonaro que nós divulgamos.
Apagamos a postagem assim que ficamos sabendo que se tratava de uma informação falsa.
A questão é: Bolsonaro votou e apoiou, sim, Pezão e Cabral. Isso é verdade e eles querem esconder.
Em 2017, Jorge Picciani, que está preso junto com Cabral e Pezão, se elegeu presidente da Alerj. Eu votei contra Picciani.
Já Flávio Bolsonaro…
Fake news é dizer que combate a corrupção tendo sido aliado de Cabral, Pezão e Picciani.
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domingo, 2 de dezembro de 2018

E agora TSE? Fraude com CPF para influenciar idosos por Whatsapp beneficiou Bolsonaro

Relato e documentos apresentados à Justiça do Trabalho e obtidos pela Folha detalham o submundo do envio de mensagens em massa pelo WhatsApp que se instalou no Brasil durante as eleições deste ano.
E agora TSE? Fraude com CPF para influenciar idosos por Whatsapp beneficiou Bolsonaro
Uma rede de empresas recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.
Entre as agências envolvidas no esquema está a Yacows. Especializada em marketing digital, ela prestou serviços a vários políticos e foi subcontratada pela AM4, produtora que trabalhou para a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Relato e documentos apresentados à Justiça do Trabalho e obtidos pela Folha detalham o submundo do envio de mensagens em massa pelo WhatsApp que se instalou no Brasil durante as eleições deste ano.
Uma rede de empresas recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.
Entre as agências envolvidas no esquema está a Yacows. Especializada em marketing digital, ela prestou serviços a vários políticos e foi subcontratada pela AM4, produtora que trabalhou para a campanha do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Após a publicação da reportagem, o WhatsApp bloqueou as contas ligadas às quatro agências de mídia citadas pela Folha por fazerem disparos em massa: Quickmobile, Croc Services, SMS Market e Yacows.
Nascimento descreve a atuação de três agências coligadas: Yacows, Deep Marketing e Kiplix, que funcionam no mesmo endereço em Santana (zona norte de São Paulo) e pertencem aos irmãos Lindolfo Alves Neto e Flávia Alves. Nascimento esteve empregado pela Kiplix de 9 de agosto a 29 de setembro com salário de R$ 1.500.
Segundo seu relato, as empresas cadastraram celulares com nomes, CPFs e datas de nascimento de pessoas que ignoravam o uso de seus dados. Ele enviou à reportagem uma relação de 10 mil nomes de pessoas nascidas de 1932 a 1953 (de 65 a 86 anos) que, afirma, era distribuída pela Yacows aos operadores de disparos de mensagens.
Nascimento afirma que os dados utilizados sem autorização eram parte importante do esquema.
A lei exige o cadastro de CPFs existentes para liberar o uso de um chip. Como o WhatsApp trava números que enviam grande volume de mensagens para barrar spam, as agências precisavam de chips suficientes para substituir os que fossem bloqueados e manter a operação.
Ainda segundo Nascimento, a linha de produção de mensagens funcionou ininterruptamente na campanha.
As condições a que alega ter sido submetido —ele diz não ter sido registrado, não ter feito pausa para almoço e não ter recebido horas extras— levaram-no a ajuizar ação trabalhista contra a Kiplix.
Ele anexou ao processo fotos e trocas de mensagens entre funcionários e os donos das empresas nas quais discutem a operação antes do primeiro turno.
Em uma das mensagens compartilhadas com a Folha por Nascimento, um supervisor diz a todos os funcionários que eles devem trabalhar no final de semana: “Campanha de GOV iniciando!”. Nenhum candidato a governador declarou ao Tribunal Superior Eleitoral despesas com essas agências.
Nascimento apresentou à Folha fotos de salas cheias de computadores ligados a diversos celulares e chipeiras —equipamento que usa o chip de celular para emular o WhatsApp e fazer os disparos— além de caixas com chips.
Uma vez ativados com os dados usurpados, os chips eram usados em plataformas de disparos em massa no WhatsApp. “Cerca de 99% do que fazíamos eram campanhas políticas e 1% era para a Jequiti [marca de cosméticos]”, disse Nascimento à Folha.
A Deep Marketing prestou serviços, entre outros candidatos, para Henrique Meirelles (MDB), que disputou a Presidência e declarou pagamento de R$ 2 milhões à empresa por “criação e inclusão de páginas da internet”. A Kiplix trabalhou para a AM4, agência à qual Jair Bolsonaro declarou ao TSE pagamento de R$ 650 mil.
Em trocas de mensagens, funcionários e donos das agências discutem o aumento do volume de trabalho na campanha eleitoral.
“Daqui até o primeiro turno das eleições teremos trabalho nos finais de semana. E extra de madrugada liberado”, diz a pessoa identificada como Lindolfo Alves em uma mensagem.
“Inclusive os que folgariam na segunda também devem vir”, diz um número identificado como de Flávia Alves, irmã e sócia de Lindolfo, em uma das conversas anexada no processo.
Outra mensagem em nome de Flávia, de 5 de outubro, antevéspera do primeiro turno, diz: “Pessoas, reta final final das eleições, amanhã trabalhamos cada turno em seu horário, liberado hora extra, principalmente de sábado para domingo.”
Segundo Nascimento, ele e vários de seus colegas chegaram a trabalhar 16 horas seguidas para dar conta dos disparos encomendados pelas campanhas. “Muita gente dormia lá, na escada, sofá, hall. Descansava um pouco, ia lá e fazia mais um turno”, disse.
Uma mensagem em nome de Flávia explica aos funcionários que a empresa cresceu “desordenadamente nos últimos meses com a operação da bulk services [disparos em massa]” e que o prédio usado não comportava mais seus quase 200 funcionários.
Outra irregularidade aparece nas mensagens enviadas por um supervisor que descreve o uso de robôs para disparar as mensagens em massa, algo que a legislação eleitoral veda: “Entre um envio e outro do robô, haverá uma pausa de 2 a 6 segundos. A cada 50 mensagens, uma pausa de 10 segundos.”
“A Yacows reafirma que não foi contratada em nenhum momento pela equipe da campanha do candidato Jair Bolsonaro para distribuir conteúdo eleitoral Nota da empresa da empresa sobre as irregularidades apontadas pelo ex-funcionário
O professor de direito eleitoral Diogo Rais, da Universidade Mackenzie, afirma que o uso de robô pode ser enquadrado pela lei como pagamento indevido. “Se o conteúdo das mensagens for falando mal de alguém, poderia até configurar crime eleitoral.”
Ao menos outros 15 candidatos a deputado estadual, federal e senador declararam ao TSE ter usado os serviços da Deep Marketing e da Kiplix.
A candidata ao senado Maurren Maggi (PSB) declarou ter pago R$ 60 mil à mesma empresa sob a rubrica “serviços prestados por terceiros”, sem alusão a disparos. A descrição também é usada pelo candidato a deputado estadual Edmir Chedid (DEM-SP) ao declarar R$ 9.000 pagos à Kiplix .
João Leite (PSDB-MG), candidato a deputado estadual, foi um dos poucos a especificar em declaração ao TSE que seu gasto de R$ 44 mil foi com impulsionamento de conteúdo.
Não há evidência de irregularidades, diz empresa
A empresa Yacows, que segundo documentos exibidos pelo ex-funcionário Hans River do Rio Nascimento mantinha um esquema de disparos em massa de propaganda política por celular, afirmou à Folha que não há evidências de atos ilícitos no processo trabalhista aberto por Nascimento e que não compactua com práticas ilegais.
“A Yacows reafirma que não foi contratada em nenhum momento pela equipe da campanha do candidato Jair Bolsonaro para distribuir conteúdo eleitoral e pode dizer o mesmo das demais empresas que possuem sócios em comum, citadas pelas reportagens da Folha”, diz, aludindo à Deep Marketing e à Kiplix.
O TSE afirmou que a Yacows integra o polo passivo de uma ação cautelar e é investigada em outro processo. Mas “o TSE não se pronuncia a respeito de casos sub judice”, diz nota.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) afirmou que “casos de clonagem de linhas e utilização indevida de dados pessoais podem configurar eventual fraude junto às prestadoras, que devem, dentre suas obrigações, adotar medidas de combate a essas práticas”.
“Há que se observar, ainda, que, nos termos do artigo 307 do Código Penal Brasileiro, constitui crime atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem, conduta que deve ser apreciada pelos órgãos competentes”, diz a nota.
A Claro, operadora da maioria dos chips de celular usados no esquema, afirma repudiar o uso não autorizado de dados. “A Claro informa que vende e habilita milhares de chips e linhas móveis mensalmente e esclarece que não detectou nenhum comportamento atípico nas vendas”, diz a operadora, que afirma estar “à disposição das autoridades à frente do caso”.
A AM4, fornecedora da campanha de Jair Bolsonaro, afirmou que durante as eleições fez um único envio de mensagem com ferramenta contratada, no dia 13 de setembro, pelo site www.bulkservices.com.br. Segundo a empresa, a mensagem foi para uma lista de 8.000 telefones previamente cadastrados pela campanha, dentro portanto da legislação eleitoral.
“A AM4 desconhecia que a plataforma Bulkservices pertencesse a Kiplix/Yacows/Deep Marketing e que eles faziam também venda de cadastros”, disse a empresa à Folha.
A assessoria de Henrique Meirelles, candidato à Presidência pelo MDB, afirmou que a Deep Marketing foi contratada para organizar envio de mensagens exclusivo para base de dados do partido ou voluntariamente cedidos por eleitores.
“A campanha nunca contratou ou autorizou o envio de mensagens para bases compradas e não teve conhecimento de qualquer prática irregular pelos prestadores de serviços”, afirma a nota.
O deputado Edmir Chedid afirmou, por meio de sua assessoria, que usou pela internet a plataforma de serviços Bulk Services, “a qual disponibilizou à campanha apenas o acesso à sua plataforma de serviços via internet, visando a transmissão de vídeos de propaganda”.
À época da reportagem da Folha que mostrou que empresários pagaram para impulsionar mensagens anti-PT, Bolsonaro negou qualquer irregularidade. Disse que sua campanha era feita de apoio voluntário e que não tinha controle nem como tomar providências contra empresários que estivessem agindo dessa maneira.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

FIASCO: Menos de 3% dos selecionados no Mais Médicos estão trabalhando

Após novas exigências de Bolsonaro para que os médicos cubanos permanecessem no país e a retirada de mais de 8 mil profissionais, o grande sucesso propagado pela Globo, na nova chamada do Mais Médicos, começa a dar água. Dos 8,3 mil médicos selecionados no processo seletivo, menos de 3% estão em atividade, nesse momento. Apenas 230 médicos foram homologados nos locais escolhidos e apenas 940 validados, ou seja, que se apresentaram nos respectivos locais de trabalho.
Mimadas protestando contra DilmaPara tentar mitigar o problema, o governo está programando uma chamada geral via telefonema, que deve começar a partir dessa quinta feira. O prazo final para o médico começar a trabalhar é 14 de dezembro.
Outro problema grave é o fato de aproximadamente 2400 médicos serem oriundos de programas de assistência básica de saúde do SUS, ou seja, estariam trocando apenas seus empregos por salários melhores no Mais Médicos. Tal fato não alteraria a oferta de médicos na assistência básica do SUS.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Bandeira nunca vermelha, só que não: Jair Bolsonaro presta continência para assessor de Trump antes de reunião no Rio

DO DCM
Reportagem de Sérgio Rangel na Folha de S.Paulo informa que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, prestou continência para o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, antes de uma reunião entre os dois na manhã desta quinta-feira (29) no Rio. O encontro aconteceu na casa de Bolsonaro, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade.
De acordo com a publicação, Bolton chegou às 6h54 escoltado por batedores da PM numa comitiva com quatro carros e não falou com os jornalistas. Ele deixou o local uma hora depois.
Depois de deixar o local, Bolton disse nas redes sociais que a reunião “foi muito produtiva” e convidou Bolsonaro para um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump.  “Estamos ansiosos para uma parceria dinâmica com o Brasil”, escreveu, completa a Folha.

Bolsonaro presta continência para assessor de Trump. Foto: Reprodução/Folha